terça-feira, 18 de maio de 2010

Alfaiate

Por muito que possa apreciar os benefícios da mecanização e reconhecer o salto qualitativo resultante da Industrialização... o produto que sai isolado das mãos de um artífice será sempre para mim valorizado. É verdade que não será perfeito como uma maquina, e por ventura será mais caro por não ser feito por mãos em série... mas existe o que possa ser considerado uma certa veleidade de snobismo, de possuir e envergar o trabalho de outrem feito só para nós. Falta acrescentar que naturalmente eu terei de fazer o meu trabalho para poder pagar o dele. Portanto... é com certeza um snobismo controlado pelo meu mérito, ou falta dele. Claro está que nem sempre é possível recorrer a esse artifice para nos produzir as roupas. Ou por falta de escolha, ou por falta de tempo... ou por falta de mérito (meu) para pagar o mérito (dele). Ainda assim estou certo que com algum tempo e pesquisa, certamente que se encontram boas opções no mercado.


Até lá, pois com o pouco tempo disponível tenta-se recorrer ao que o prêt-à-porte nos pode oferecer de mais parecido. Por vezes arrisco o limite do que o meu mérito pode me oferecer para um quasi-manual, onde ainda fazem um ajuste a pessoa. Não gosto de plasticidades, e coisas forjadas. São peças lindas, feitas com qualidade e arte, e que posso vestir com gosto...

O que não precisavam era de vir com o raio daquele tresponto só para iludir a imaginação do cliente a dar laivos de personalização... e que depois me demorou trinta minutos a tirar e deixou vários furos no tecido!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Google Analytics Alternative