domingo, 22 de novembro de 2009

Gripe

Pessoas conscientes e bem formadas são propensas ao uso de riscos calculados. Já aqui falei dos riscos calculados e como eles são perigosamente enganadores.

Esta história toda da gripe A é um embuste. Não encontro outra palavra e repito... Embuste! Não há outra forma de explicar o empolamento de tudo isto que não seja por motivações politicas e económicas. Não vou perder muito tempo com a argumentação deste meu ponto de vista... simplesmente é assim. E tanto é assim que aos poucos por todo este mundo as pessoas vão sendo infectadas, ficam doentes, têm febres altas, (nem sempre) tomam o anti-vírico da moda e... milagre... ficam sãs novamente!

É o que acontece no fundo com todas as gripes, que já agora provocam mais vitimas mortais por ano do que a H1N1. Claro que há grupos de risco e claro que precauções devem ser tomadas... da mesma maneira que não ando a lamber copos de desconhecidos ou a limpar-me a lenços de constipados!

No entanto, toda esta racionalidade, toda a boa formação e lucidez informada que gosto de apregoar... conduz a alguns riscos calculados. É sempre bom ver se somos realmente aquilo que dizemos, ou se somos apenas feitos de palavras que o vento leva.

Seria uma questão de tempo... porque no fundo é inevitável que, se pelo menos não for infectado, alguém muito próximo será! E é assim que alguém muito próximo comunica assustado que está... gripado! De repente, todo o meu cinismo desvanecesse na preocupação sincera por quem gosto. O primeiro instinto é accionar tudo o que for preciso para uma missão de salvamento aos confins do mundo. Claro que, no fundo... é apenas uma gripe, certo?
É aqui que somos forçados a olhar no espelho. Se acreditamos realmente no que dizemos, então controlamos a ansiedade, socorremos-nos da racionalidade e procuramos a calma das nossas certezas. É o tal risco calculado de eventualmente a realidade não ser exactamente como consideramos ou que afinal aquela percentagem reduzida de mortalidade do vírus, aplica-se apenas... aos outros!

O caso adensa ainda mais quando a perspectiva é de que estejamos também infectados. Fazer contas a períodos de incubação, procurar o "antidoto" para o vírus algo desconhecido que suspeitamos poder ter... é um bom teste ao cinismo pragmático de auto-proclamadas mentes iluminadas.

No final, o infectado fica são, e parece que o vírus não passou as minhas muralhas... ainda! Porque é bom manter uma certa dose de elucidado cinismo...


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