sexta-feira, 30 de julho de 2010

SPA

Sanum per aqua... diziam os romanos. Este fascínio humano pela água só pode ter justificação no ventre materno. Nunca deixa de me surpreender o deslumbramento humano quase unanime pela água. Da minha parte, na África ou na Europa, se dúvidas houvesse, fica claro que eu sou um romano!


E ainda algo mais... adoro a paisagem bucólica do Minho. Depois de quase duas décadas de afastamento forçado deste cenário, regressar ao verão minhoto ainda para mais agora banhado em águas tépidas faz-me sentir revigorado. Hoje passo aqui a minha primeira noite de verão em muitos anos. A expectativa é grande... esteve tudo guardado na cabeça à espera: a quente paz nocturna feita do harmonioso frenesim de grilos, alguns pássaros nocturnos, o latir de cães ao longe entremeado com o entoar de avé maria repartido em quartos da hora, as luzes dispersas das aldeias do outro lado do vale, e até linha incandescente das chamas longínquas que aqui chegam apenas romantizadas. Tudo debaixo do nocturno sarapintado de vivas estrelas celestes rasgadas por frequentes estrelas candentes. Posso passar por muitos lados, mas nunca vou deixar de ser daqui.

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